Origem do Dinheiro
A história da civilização nos conta que o homem primitivo
procurava defender-se do frio e da fome, abrigando-se em cavernas e alimentando-se
de frutos silvestres, ou do que conseguia obter da caça e da pesca. Ao longo
dos séculos, com o desenvolvimento da inteligência, passou a espécie humana a
sentir a necessidade de maior conforto e a reparar no seu semelhante. Assim,
como decorrência das necessidades individuais, surgiram as trocas.
Esse sistema de troca direta, que durou por vários séculos,
deu origem ao surgimento de vocábulos como “salário”, o pagamento feito através
de certa quantidade de sal; “pecúnia”, do latim “pecus”, que significa rebanho
(gado) ou “peculium”, relativo ao gado miúdo (ovelha ou cabrito).
As primeiras moedas, tal como conhecemos hoje, peças
representando valores, geralmente em metal, surgiram na Lídia (atual Turquia),
no século VII A. C.. As características que se desejava ressaltar eram
transportadas para as peças através da pancada de um objeto pesado (martelo),
em primitivos cunhos. Foi o surgimento da cunhagem a martelo, onde os signos
monetários eram valorizados também pela nobreza dos metais empregados, como o
ouro e a prata.
Embora a evolução dos tempos tenha levado à substituição do
ouro e da prata por metais menos raros ou suas ligas, preservou-se, com o
passar dos séculos, a associação dos atributos de beleza e expressão cultural
ao valor monetário das moedas, que quase sempre, na atualidade, apresentam
figuras representativas da história, da cultura, das riquezas e do poder das
sociedades.
A necessidade de guardar as moedas em segurança deu
surgimento aos bancos. Os negociantes de ouro e prata, por terem cofres e
guardas a seu serviço, passaram a aceitar a responsabilidade de cuidar do
dinheiro de seus clientes e a dar recibos escritos das quantias guardadas.
Esses recibos (então conhecidos como “goldsmith´s notes”) passaram, com o
tempo, a servir como meio de pagamento por seus possuidores, por serem mais
seguros de portar do que o dinheiro vivo. Assim surgiram as primeiras cédulas
de “papel moeda”, ou cédulas de banco, ao mesmo tempo em que a guarda dos
valores em espécie dava origem a instituições bancárias.
Os primeiros bancos reconhecidos oficialmente surgiram,
respectivamente, na Suécia, em 1656; na Inglaterra, em 1694; na França, em 1700
e no Brasil, em 1808 e a palavra “bank” veio da italiana “banco”, peça de
madeira que os comerciantes de valores oriundos da Itália e estabelecidos em
Londres usavam para operar seus negócios no mercado público londrino.
Um fraternal abraço a todos.
Rudi De Antoni.:
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