Eu ajudei a queimar cédulas da Baiana e do Gaúcho entre outras.
Por; Rudi De Antoni
Aqui no RGS a regional do Banco Central do Brasil ficava
instalada na Av. Alberto Bins, centro de Porto Alegre e mantinha um contrato
com o Governo do Estado para efetuar a segurança do numerário que chegava de
avião e era transportado em caminhões Scania sob forte escolta até seu destino
que seria o BCB.
E quem faria está escolta?
O Batalhão mais bem
equipado e treinado do RGS o Batalhão de Polícia de Choque.
O ano era 1994, na época estava eu com 6 anos de serviço na
PM-RS todos eles no então BPChq- Batalhão de Polícia de Choque, do estado do
Rio Grande do Sul.
Quando ouve a mudança do Cruzeiro Real para o Plano Real,
claro que ouve o recolhimento de todas a cédulas do plano anterior.
O ano era 1994 em um certo dia e mês que não me lembro muito
bem, mas acredito que seria algo entre junho e agosto pois me lembro do frio
peculiar do inverno Gaúcho, que é inesquecível em qualquer situação, nos foi
informado que teríamos uma escolta para o BCB, até então tudo normal pois já
havia perdido as contas de quantas escoltas para o BCB já tinha feito nestes
meus seis nos de serviço. O que me fez estranhar foi o horário que nos passaram
para estar equipados e pronto para a escolta as 06:00Hs, algo incomum pois as
escoltas do BCB geralmente eram na parte da tarde.
Então às 05:55 a tropa já estava em forma, aguardando o
comandante da operação repassar as orientações e o Sargento mais antigo ler a
Ordem de Serviço.
Foi então que tomamos conhecimento da escolta atípica que
iriamos realiza, ao invés de receber dinheiro no aeroporto e levar para o BCB
iriamos pegar as cédulas que haviam sido recolhidas e levá-las para serem
incineradas nos fornos de uma fundição que ficava na BR 290.
E assim foi feito meus amigos, escoltamos 3 Scanias cheias
até o teto de seus baús com cédulas, muitas Baianas, Gaúchos entre outras foram
queimadas nesta operação e em mais duas outras semelhantes que houveram.
Com toda certeza isso
aconteceu em todos os estados da União naquela época.
O que me consola é que eu nem pensava em colecionar naquela
época, já pensaram se fosse hoje acho que eu teria um infarto.
Este relato faz parte
da história do nosso dinheiro e para nós colecionadores que gostamos de estudar
e saber sobre este assunto, agrega um pouquinho de conhecimento.
Por este motivo
compartilhei com os amigos este fato.
Um Fraternal abraço a todos
Rudi De Antoni
Não tinha lido ainda esta tua postagem. Já falamos sobre a falta de maiores dados da quantidade exata de cédulas retiradas, versos cédulas acreditadas como existentes e possíveis de serem alcançadas.
ResponderExcluirMarco di Aurélio