1.000 CRUZEIRO (1943 - 1963)-Pedro Alvares Cabral- Iconografia
ANVERSO

No centro medalhão com efígie de Pedro Álvares Cabral.
Anverso: Pedro Álvares Cabral
Nascido em Belmonte, 1467 ou 1468, falecido
em Santarém, 1520 foi um fidalgo, comandante militar, navegador
e explorador português, creditado como o descobridor do Brasil.
Realizou significativa exploração da costa nordeste da América do Sul,
reivindicando-a para Portugal. Embora os detalhes da vida de Cabral sejam
esparsos, sabe-se que veio de uma família nobre colocada na província interior
e recebeu uma boa educação formal.
Foi nomeado para chefiar uma expedição
à Índia em 1500, seguindo a rota recém-inaugurada por Vasco
da Gama, contornando a África.
O objetivo deste empreendimento era retornar com especiarias
valiosas e estabelecer relações comerciais na Índia contornando o monopólio
sobre o comércio de especiarias, então nas mãos de
comerciantes árabes, turcos e italianos. Aí sua frota, de
13 navios, afastou-se bastante da costa africana, talvez intencionalmente,
desembarcando no que ele inicialmente achou tratar-se de uma grande ilha à qual
deu o nome de Vera Cruz (Verdadeira Cruz) e a que Pêro Vaz de
Caminha faz referência. Explorou o litoral e percebeu que a grande massa
de terra era provavelmente um continente, despachando em seguida um navio para
notificar o rei Manuel I da descoberta das terras. Como o novo
território se encontrava dentro do hemisfério português de acordo com
o Tratado de Tordesilhas, reivindicou-o para a Coroa Portuguesa. Havia
desembarcado na América do Sul, e as terras que havia reivindicado para
o Reino de Portugal mais tarde constituiriam o Brasil. A frota
reabasteceu-se e continuou rumo ao leste, com a finalidade de retomar a viagem
rumo à Índia.
Nessa mesma expedição uma tempestade no Atlântico
Sul provocou a perda de sete navios; as seis embarcações restantes
encontraram-se eventualmente no Canal de Moçambique antes de
prosseguirem para Calecute, na Índia. Cabral inicialmente obteve sucesso
na negociação dos direitos de comercialização das especiarias, mas os
comerciantes árabes consideraram o negócio português como uma ameaça ao
monopólio deles e provocaram um ataque
de muçulmanos e hindus ao entreposto português. Os
portugueses sofreram várias baixas e suas instalações foram destruídas.
Cabral vingou-se do ataque saqueando e queimando a frota
árabe e, em seguida, bombardeou a cidade em represália à incapacidade de seu
governante em explicar o ocorrido. De Calecute a expedição rumou
para Cochim, outra cidade-estado indiana, onde Cabral fez
amizade com seu governante e carregou seus navios com especiarias cobiçadas
antes de retornar para a Europa.
Apesar da perda de vidas humanas e de navios, a viagem de
Cabral foi considerada um sucesso após o seu regresso a Portugal. Os lucros
extraordinários resultantes da venda das especiarias reforçaram as finanças da
Coroa Portuguesa e ajudaram a lançar as bases de um Império Português, que
se estenderia das Américas ao Extremo Oriente.
Cabral foi mais tarde preterido quando uma nova frota foi reunida para estabelecer uma presença mais robusta na Índia, possivelmente como resultado de uma desavença com Manuel I. Tendo perdido a preferência do rei, aposentou-se da vida pública, havendo poucos registros sobre a parte final de sua vida. Suas realizações caíram no esquecimento por mais de 300 anos. Algumas décadas depois da independência do Brasil de Portugal, no século XIX, a reputação de Cabral começou a ser reabilitada pelo Imperador Pedro II do Brasil. Desde então, os historiadores têm discutido se Cabral foi o descobridor do Brasil e se a descoberta foi acidental ou intencional. A primeira dúvida foi resolvida pela observação de que os poucos encontros superficiais feitos por exploradores antes dele mal foram notados e em nada contribuíram para o desenvolvimento e a história futuros da terra que se tornaria o Brasil, única nação das Américas onde a língua oficial é o português. Quanto à segunda questão, nenhum consenso definitivo foi formado e a hipótese de descoberta intencional carece de provas sólidas. Não obstante, embora seu prestígio tenha sido ofuscado pela fama de outros exploradores da época, Cabral é hoje considerado uma das personalidades mais importantes da Era dos Descobrimentos.
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VERSO

Verso: Tons de salmão em calcografia ao centro painel com a pintura,
"A Primeira Missa", quadro de Vítor Meireles.
Verso: painel com a pintura, "A Primeira Missa",
quadro de Vítor Meireles.
A primeira missa
celebrada no Brasil por Frei Henrique Soares, em 26.04.1500, no ilhéu da Coroa
Vermelha, situado na baía Cabrália, litoral sul do estado da Bahia.
Primeira Missa no Brasil, óleo sobre tela do
gênero de pintura histórica, é considerada a primeira grande obra do pintor
brasileiro Victor Meirelles. A tela foi feita entre 1859 e 1861, em
Paris, durante o período em que o artista viveu na Europa graças a uma bolsa de
estudos concedida pela Academia Imperial de Belas Artes. Com 9
m2, Primeira Missa no Brasil foi inspirada na carta escrita por Pero
Vaz de Caminha ao rei de Portugal descrevendo a primeira missa feita no
país.
O estilo de pintura adotado por Meirelles é influenciado por
padrões estéticos europeus que buscam a criação de figuras heroicas e exaltação
da natureza. A natureza estética da obra se relaciona com o momento de
afirmação do Estado Nacional e da construção de identidade brasileira também nas
artes visuais.
O quadro se tornou uma das telas mais populares e
reconhecidas do país e, exposta no Salão Oficial de Paris em 1861, foi a
primeira tela brasileira a participar em uma mostra internacional de
relevância. A obra também conferiu a Meirelles o grau de cavaleiro Imperial da
Ordem da Rosa e o cargo de professor honorário da Academia de Belas Artes.
Um fraternal abraço a todos.
Rudi De Antoni.:
Fontes:
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