1.000 Cruzeiros- Pedro Alvares Cabral (1948 - 1963) - Iconografia e História

No centro medalhão com efígie de Pedro Alvares Cabral.
Verso: Laranja em calcografia ao centro painel com a pintura
de Victor Meirelles “Primeira Missa no Brasil”.
CARACTERÍSTICAS
Largura: 157
mm
Altura: 67 mm
Emissor: American
Bank Note Co.
Fabricante: American Bank Note Co.
ANVERSO: Pedro Álvares Cabral
Nascido em
Belmonte, 1467 ou 1468, falecido
em Santarém, 1520 foi um fidalgo, comandante militar,
navegador e explorador português, creditado como o descobridor
do Brasil. Realizou significativa exploração da costa nordeste da América
do Sul, reivindicando-a para Portugal. Embora os detalhes da vida de
Cabral sejam esparsos, sabe-se que veio de uma família nobre colocada na
província interior e recebeu uma boa educação formal.
Foi nomeado para
chefiar uma expedição à Índia em 1500, seguindo a rota
recém-inaugurada por Vasco da Gama, contornando a África.
O objetivo deste
empreendimento era retornar com especiarias valiosas e estabelecer relações
comerciais na Índia — contornando o monopólio sobre o comércio de especiarias,
então nas mãos de comerciantes árabes, turcos e italianos.
Aí sua frota, de 13 navios, afastou-se bastante da costa africana, talvez
intencionalmente, desembarcando no que ele inicialmente achou tratar-se de uma
grande ilha à qual deu o nome de Vera Cruz (Verdadeira Cruz) e a
que Pêro Vaz de Caminha faz referência. Explorou o litoral e percebeu
que a grande massa de terra era provavelmente um continente, despachando em
seguida um navio para notificar o rei Manuel I da descoberta das
terras. Como o novo território se encontrava dentro do hemisfério português de
acordo com o Tratado de Tordesilhas, reivindicou-o para a Coroa
Portuguesa. Havia desembarcado na América do Sul, e as terras que havia
reivindicado para o Reino de Portugal mais tarde constituiriam
o Brasil. A frota reabasteceu-se e continuou rumo ao leste, com a
finalidade de retomar a viagem rumo à Índia.
Nessa mesma
expedição uma tempestade no Atlântico Sul provocou a perda de sete
navios; as seis embarcações restantes encontraram-se eventualmente
no Canal de Moçambique antes de prosseguirem para Calecute, na
Índia. Cabral inicialmente obteve sucesso na negociação dos direitos de
comercialização das especiarias, mas os comerciantes árabes consideraram o
negócio português como uma ameaça ao monopólio deles e provocaram um ataque
de muçulmanos e hindus ao entreposto português.
Os portugueses sofreram várias baixas e suas instalações foram destruídas.
Cabral vingou-se
do ataque saqueando e queimando a frota árabe e, em seguida, bombardeou a
cidade em represália à incapacidade de seu governante em explicar o ocorrido.
De Calecute a expedição rumou para Cochim,
outra cidade-estado indiana, onde Cabral fez amizade com seu
governante e carregou seus navios com especiarias cobiçadas antes de retornar
para a Europa.
Apesar da perda
de vidas humanas e de navios, a viagem de Cabral foi considerada um sucesso
após o seu regresso a Portugal. Os lucros extraordinários resultantes da venda
das especiarias reforçaram as finanças da Coroa Portuguesa e ajudaram a lançar
as bases de um Império Português, que se estenderia das Américas ao
Extremo Oriente.
Cabral foi mais
tarde preterido quando uma nova frota foi reunida para estabelecer uma presença
mais robusta na Índia, possivelmente como resultado de uma desavença com Manuel
I. Tendo perdido a preferência do rei, aposentou-se da vida pública, havendo
poucos registros sobre a parte final de sua vida. Suas realizações caíram no
esquecimento por mais de 300 anos. Algumas décadas depois da independência do
Brasil de Portugal, no século XIX, a reputação de Cabral começou a ser reabilitada
pelo Imperador Pedro II do Brasil. Desde então, os historiadores têm
discutido se Cabral foi o descobridor do Brasil e se a descoberta foi acidental
ou intencional. A primeira dúvida foi resolvida pela observação de que os
poucos encontros superficiais feitos por exploradores antes dele mal foram
notados e em nada contribuíram para o desenvolvimento e a história futuros da
terra que se tornaria o Brasil, única nação das Américas onde a língua oficial
é o português. Quanto à segunda questão, nenhum consenso definitivo foi
formado e a hipótese de descoberta intencional carece de provas sólidas. Não
obstante, embora seu prestígio tenha sido ofuscado pela fama de outros
exploradores da época, Cabral é hoje considerado uma das personalidades mais
importantes da Era dos Descobrimentos.
VERSO: painel com
a pintura, "A Primeira Missa", quadro de Vítor Meireles.
A primeira missa celebrada no Brasil por Frei
Henrique Soares, em 26.04.1500, no ilhéu da Coroa Vermelha, situado na baía
Cabrália, litoral sul do estado da Bahia.
Primeira Missa no
Brasil, óleo sobre tela do gênero de pintura histórica, é considerada
a primeira grande obra do pintor brasileiro Victor Meirelles. A tela foi
feita entre 1859 e 1861, em Paris, durante o período em que o artista viveu
na Europa graças a uma bolsa de estudos concedida pela Academia Imperial de
Belas Artes. Com 9 m2, Primeira Missa no Brasil foi inspirada na
carta escrita por Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal descrevendo a primeira
missa feita no país.
O estilo de pintura
adotado por Meirelles é influenciado por padrões estéticos europeus que buscam
a criação de figuras heroicas e exaltação da natureza. A natureza estética da
obra se relaciona com o momento de afirmação do Estado Nacional e da construção
de identidade brasileira também nas artes visuais.
O quadro se
tornou uma das telas mais populares e reconhecidas do país e, exposta no
Salão Oficial de Paris em 1861, foi a primeira tela brasileira a participar em
uma mostra internacional de relevância. A obra também conferiu a Meirelles o
grau de cavaleiro Imperial da Ordem da Rosa e o cargo de professor honorário da
Academia de Belas Artes.
Um fraternal abraço a todos.
Rudi De Antoni.:
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